Dista cerca de 7 quilómetros da sede do concelho.
É povoação antiga, foi couto, vila e sede de concelho, extinto em 1853.
Recebeu foral de D. Afonso II em Janeiro de 1217 (tinha, então, o nome de Lavos da Marinha) e teve foral novo de D. Manuel I em 1519.
A freguesia foi um priorado da apresentação alternativa do papa, do rei, do bispo e do cabido da Sé de Coimbra. Passou, depois, a ser da apresentação do ordinário e de concurso.
Lavos e as povoações vizinhas assentam nos areais ao sul do Mondego. A primitiva povoação desapareceu pouco a pouco, sob a areia.
A transferência da igreja matriz marcou a da freguesia nos meados do séc. XVIII.
Bonifácio de Andrade e Silva, nos princípios do séc. XIX, iniciou nos areais de Lavos grandes obras de arborização de dunas, fixando as areias movediças, que por toda a parte transformavam os campos em desolados areais.
Pinho Leal refere que “há nesta freguesia uma importante indústria salineira, que ocupa uma parte da população, entregando-se outra parte à pesca marítima e outra à agricultura” E recorda o mesmo autor que “foi nesta praia que, em 1808, desembarcou o contingente inglês que ajudou a expulsar os invasores franceses. Fazem parte desta freguesia os lugares de Armazéns, Bizorreiro, Boavista, Cabecinhos, Carvalhais, Casal da Fonte, Casal dos Adões, Costa, Franco, Outeiro (parte), Regalheiras e Santa Luzia”.
O antigo couto de Lavos, de forma quadrilátera, estendia-se no maior comprimento, no sentido norte-sul, a confimar remotamente: ao norte, com o Mondego; a leste, com a “fonte” (nascente) de Cavaleiros, seguindo depois pela cumeada e descendo pelo paúl e rio Mondego contiguamente ao couto de Seiça; a oeste, o oceano; e a sul, ainda a Mata de Seiça, caminho que vai para a fonte Covo, desce à lagoa da Ervedosa (Ervedeira), seguindo depois pelo Pinhal até chegar ao mar.
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